São 18 hectares de vinhedos numa privilegiada posição, em colinas íngremes, numa altitude entre 300 e 400 m. A exposição principal é sul e os solos são de argila com areia ou silício, alternados com camadas acumuladas com argila, limo e areia, além de pedras. As principais variedades cultivadas são a Petit Manseng, usada na produção de vinhos doces naturais, e a Gros Manseng, usada nos brancos secos. A Petit Manseng é uma uva com cascas grossas e cachos pequenos, cuja maturação pode se prolongar até dezembro, concentrando o sabor antes do ataque do fungo botrytis. Os cachos miúdos são fermentados e o vinho é maturado em barricas, ganhando uma cor dourada e grande riqueza, figurando ao lado de ícones franceses dos vinhos doces.

Esse domaine foi estabelecido em 1920, em pleno coração da denominação Jurançon, por Jean Larrieu. A família vivia da criação de gado e da venda de morangos, ao mesmo tempo em que cultivava as vinhas (apenas 3,5 ha eram destinados às uvas, que eram vendidas à cooperativa local). Os Larrieu foram os primeiros da região a replantar vinhedos nas colinas em forma de terraços semicirculares, a partir de 1970, para permitir melhor insolação e maturação das uvas, prática comum hoje em Jurançon. Em 1985, após estudos em viticultura e enologia, Jean-Bernard Larrieu fez sua primeira vinificação, sob a supervisão de seu pai, Marcel. Nascia, assim, o Clos Lapeyre.