São mais de 120 hectares de vinhedo, com vinhas pré-phylloxera, algumas delas com mais de 200 anos de idade (em média, as vinhas têm mais de 70 anos). É adotada a agricultura orgânica, com uso de animais nos vinhedos e colheita manual. Os solos são arenosos, cobertos de pedras vulcânicas, onde são cultivadas as uvas nativas de Santorini, como as brancas Assyrtiko, Athiri e Aidani (uva rara e aromática mais usada nos cortes de Vinsanto, embora a Argyros produza um vinho seco com essa uva), além da tinta Mavrotragano. Para proteger as uvas, as videiras são plantadas bem rasteiras e conduzidas na forma de cesta (basket em inglês ou kouloura em grego), principalmente no caso da mais nobre uva branca da região, a Assyrtiko.

Uma das teorias sobre esse vinho doce é a de que sua origem seria a ilha de Santorini, razão também do seu nome (vino santo – o vinho de Santorini). Um dos ícones da Grécia, esse vinho é elaborado com uvas brancas secas ao sol, ao contrário do Vin Santo produzido na Toscana, Itália (a grafia deve ser separada para se diferenciar), em que as uvas são colocadas em locais cobertos, com grande ventilação, onde passam pelo processo de apassiamento ou secagem. Outra diferença entre eles é que os vinhos gregos apresentam maior acidez, pelo fato de serem elaborados majoritariamente com a Assyrtiko, o que dá um ótimo equilíbrio com a doçura. A Argyros produz dois estilos desse vinho: Vinsanto First Release, que necessita de quase sete anos para ficar pronto, e o Vinsanto Late Release, uma raridade que consome quase 20 anos em sua elaboração.