A equipe da Ata Rangi explora 32 hectares de vinhedos, em diversas parcelas, algumas bem próximas à sede da vinícola, incluindo alguns blocos alugados e contratados. Os locais são bastante similares: uma camada rasa de argila sobre uma camada profunda de cascalho aluvial de grande drenagem. As chuvas são poucas, em média 700 mm por ano. Um esforço importante é feito para se obter plantas equilibradas, produzindo cachos maduros de qualidade: o desfolhamento manual no verão garante copas abertas ao sol, o rendimento é baixo, de 3 toneladas por hectare, devido aos ventos frios da primavera que afetam os frutos e também aos solos pobres e pedregosos, de baixa fertilidade. Toda a colheita é manual e a maioria dos vinhedos tem mais de 40 anos de idade. A Ata Rangi adota a agricultura sustentável.
HistóriaClive Paton foi um dos pioneiros em Martinborough, então uma instalação rural esquecida. Ele comprou seus primeiros 5 hectares de terra nua em 1980, a que chamou de Ata Rangi (“new beggining” ou “dawn sky”), cujos três atrativos eram o terraço de cascalho de 20 m de profundidade com ótima drenagem, o menor índice de chuvas da Ilha Norte e a proximidade com a capital, Wellington, que fica a apenas uma hora de distância de carro. Clive escolheu principalmente variedades tintas, Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, e se pôs a perseguir vinhos de classe mundial. O potencial da Pinot Noir brilhou desde o início e os primeiros vinhos encantaram pela textura e pela expressão pura de fruta dessa variedade. A Ata Rangi ganhou por três vezes como o melhor Pinot Noir na International Wine and Spirit Competition em Londres. Expandindo as atividades, Alison, irmã de Clive, comprou 2 hectares ao lado do bloco original e se juntou à empresa, sendo hoje sócia e gerente geral. Phyll Pattie, que trabalhava como enóloga, casou-se com Clive em 1987 e assumiu a gerência de exportações.


